8/29/2007

Tormenta


Vou, no embalo do mar enfurecido,

arrastando minhas cadeias,

firo-me nas arestas pétreas, mal-aparadas

do passado revolvido.


Embaralho-me na luta viciada

braçadas impotentes, caóticas

lanço, em pânico, minhas âncoras

amarras da salvação inútil.


Descarto as flores, cantos e favores

súbitas promessas vazias.


Mil vezes afogar-me

no meu mar de lamentações.


(by Ricardo Rayol)


"Hoje fui presenteada com esse poema magistral,
do amigo
Ricardo Rayol"

8/22/2007

Caminhando


Sou protagonista do meu presente,
Saboreio minhas vitórias,
Lamento minhas perdas,
Sorrio o riso sincero,
Choro a lágrima sentida
e, quão sentida é.

Sou arquiteta do meu futuro,
Presumo formas,
Traço linhas,
Imagino espaços,
Edifico sonhos.

Caminho...
Essa sou eu,
Nada tão frágil que
não se entregue à euforia.
Nada tão forte que
não se entregue ao desalento.


(by Daniele)